segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Distúrbios capilares

A oleosidade, a caspa e o ressecamento


A Seborréia
Apresenta-se como uma oleosidade excessiva da pele, especialmente no couro cabeludo ou no rosto. Não apresenta descamação ou vermelhidão. É influenciada por fatores hormonais, alimentares, emocionais e climáticos.
A Dermatite Seborréica – Pityriasis steatoides
Apresenta-se como uma inflamação que ocorre em áreas com grande número de glândulas sebáceas: couro cabeludo, sobrancelhas, pálpebras, lados do nariz, parte posterior das orelhas e meio do peito.
A pele torna-se vermelha e áspera e é recoberta por escamas.

As escamas podem ser secas ou gordurosas, finas ou espessas, geralmente acinzentadas ou amareladas, quase sempre aderentes, podendo ser acompanhadas ou não de prurido.

A presença de dois fungos , o Pityrosporum Ovale e o Pityrosporum Orbicular, estão envolvidos no processo, pois nos pacientes afetados ocorre uma grande quantidade destes fungos nestas áreas (82% na dermatite seborréica, 74% na caspa e 47% nos normais).

A Dermatite Seborréica geralmente é crônica. Ela melhora com o tratamento mas tende a voltar periodicamente.

O vento, o calor, a umidade, o suor, o uso de bonés, o dormir com o cabelo molhado, o estresse, as alterações hormonais, os xampus inadequados, a água quente do banho e o clima frio do inverno tendem a agravar os sintomas.

A exposição à luz solar melhora os sintomas.
A Caspa - Pityriasis capitisCaracteriza-se pelo excesso de descamação do couro cabeludo, não ocorrendo inflamação. A pele do couro cabeludo passa a eliminar as células mais rapidamente que o normal .

Alimentos de baixo valor nutritivo e a falta de proteínas e óleos poliinsaturados podem contribuir.

Atualmente, acredita-se ser a caspa uma forma branda de Dermatite Seborréica.

Segundo sua intensidade pode ser classificada como:
Leve - Pequenos flocos esbranquiçados aderentes ao couro cabeludo, próximos à implantação dos fios, perceptíveis somente após raspagem ou escovação.
Moderada - Os flocos se encontram soltos entre os fios, mesmo na ausência de processos que promovam seu deslocamento do couro cabeludo.
Intensa - Caracteriza-se por descamação acentuada de flocos de tamanhos variados, abundantes e perceptíveis entre os fios e sobre os ombros do portador.
A Caspa e a Dermatite Seborréica encontram-se presentes em 40% da população branca adulta e estão relacionadas com predisposição genética e fatores ambientais.

Alterações na composição da gordura produzida pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo, que resultam no aumento da alcalinidade da pele (alteração do PH) parecem predispor o surgimento destas afecções.

Raras e brandas nas crianças, têm suas incidências e gravidades máximas por volta dos 20 anos, sendo pouco freqüentes após os 50 anos.
XeroseAqui, o couro cabeludo apresenta-se ressecado em razão das glândulas sebáceas hipo-funcionais. Os cabelos também serão secos e sem brilho. Distúrbios hormonais, falta de óleos insaturados na alimentação, estresse, falta de vitaminas, banhos seguidos com água quente e xampus inadequados contribuem para esta disfunção.

O sol e os cabelos


Os raios solares se apresentam com vários comprimentos de ondas e com efeitos diferentes sobre a pele e os cabelos.- Os raios Ultravioleta B (UVB) – na faixa até 280 nanômetros - param na superfície da pele e provocam danos agudos como queimaduras, eritema e até mesmo bolhas. Causam perda protéica e ressecamento dos cabelos.

- Os raios Ultravioleta A (UVA) – na faixa até 320 nanômetros - vão até a segunda camada da pele (derme) e estimulam o bronzeado. Não causam eritema, mas causam degeneração das fibras de colágeno e elastina, provocando envelhecimento precoce da pele.

Nos cabelos, atingem a matriz, uma espécie de cimento entre as células do córtex, prejudicando a retenção da água.

Este mesmo cimento, composto pelas ceramidas e que também une as diversas camadas da cutícula, degrada-se, deixando as escamas abertas, resultando em cabelos ásperos, ressecados, sem brilho e com as pontas duplas.

Os raios Ultravioleta A também degradam a tirosina e a fenilalanina, dois aminoácidos que dão resistência à queratina, que é a proteína dos cabelos, deixando-os fracos e quebradiços.
Quando os pigmentos do córtex são atingidos pelos raios UVA, a cor se altera, sendo que os cabelos escuros ficam mais avermelhados e os loiros mais dourados. Os cabelos pretos são os mais resistentes aos raios solares.

Filtros solares
Os filtros solares para cabelos normalmente bloqueiam as radiações UVA e UVB. Deverão ser aplicados 20 minutos antes da exposição solar, pois precisam de tempo para agir.
Com o cabelo molhado, espalhe o produto, penteie e deixe secar.



Os cabelos danificados


Os primeiros sinais da deterioração da estrutura dos fios são as alterações da cor e o ressecamento. Muitas são as causas que contribuem para danificá-los.

Vejamos algumas causas:
Físicas - os raios ultravioleta da radiação solar, a secagem incorreta, a poeira, o vento, a falta de umidade do ar.

Químicas - xampu com grande concentração de detergente, descolorações (é o processo químico que mais danifica o cabelo pois, além de destruir os pigmentos, oxida os aminoácidos, sendo que de 15 a 45% da cisteina é destruída), alisamentos, tinturas, cloro da piscina.

Quando a cutícula está danificada pelo rompimento das escamas, o brilho do fio, que é a reflexão da luz, diminuirá.

Quanto mais danificado o cabelo, mais poroso e mais opaco fica.

A elasticidade do fio também se alterará, sendo que, se tracionado, o cabelo romperá facilmente.

Para avaliar o estado do Córtex e da Cutícula, o terapeuta capilar dispõe de um microscópio que aumenta a visualização do fio em 140 vezes.

Um questionário qualificado dos cuidados capilares é fundamental nesses casos
Deverá ser dada atenção especial em relação aos produtos usados nos últimos meses.

Lembre-se sempre que a amônia, o sódio ou o formol presentes em fórmulas de relaxamento podem reagir com os metais presentes nas tinturas, resultando em danos graves aos cabelos.

O estresse e os cabelos


Nosso sistema emocional tem influência direta nos cabelos e no couro cabeludo.

O estresse induz os fios a entrarem precocemente na fase de repouso.

Altos níveis de tensão contribuem também para problemas como seborréia, caspa, embranquecimento dos fios e perda capilar.

Nas mulheres, o estresse eleva os níveis dos hormônios andrógenos e da prolactina, os quais, por sua vez, influem sobre os ciclos capilares.

Em muitos indivíduos, o estresse acelera o processo da calvície e, em outros, ocasiona a famosa “pelada” (Alopecia Areata), uma perda de cabelos localizada e circunscrita a certas áreas do couro cabeludo ou do corpo.

Outros, ainda, apresentam a Psoríase do couro cabeludo, uma doença dermatológica agravada pelo estresse. A dermatite seborréica é outro problema crônico influenciado pelo estresse.

Muitos desses problemas capilares podem ser tratados com o uso de produtos tópicos, loções e óleos essenciais.

Caberá ao terapeuta capilar indicar os produtos cicatrizantes, bactericidas, fungicidas, emolientes e estimulantes compatíveis para cada caso.

Alguns profissionais utilizam ainda outras técnicas, oferecendo a sua clientela um setor de equilíbrio energético com música, reflexologia e shiatsu.



Queda de cabelos e calvície


Embora a queda dos cabelos não implique nenhum risco à vida do indivíduo, muitos sentirão insegurança emocional e perda da auto-estima, o que comprometerá a qualidade das suas vidas.

Nas mulheres, que socialmente são mais cobradas quanto à beleza física, as apreensões sempre serão maiores.

Os humanos têm no couro cabeludo de 100 a 150 mil fios de cabelos.

Destes, 85% estão na fase Anágena (fase de crescimento) e os restantes 15% estão nas fases Catágena e Telógena (de repouso).

A perda diária entre 50 e 100 fios é considerada normal, sendo maior nos dias da lavagem.

Quando caem mais de 100 fios por dia, algo está acontecendo no organismo do cliente e terá que ser investigada a causa.

No Brasil, observa-se uma queda maior dos cabelos no período de fevereiro a junho.

Para tratar a perda dos cabelos, sempre será necessária uma avaliação cuidadosa e um diagnóstico adequado.

Sabemos que 40% dos homens e 5% das mulheres apresentarão algum grau de calvície.

Neste caso, assim que se notar os primeiros sinais de afinamento e perda progressiva dos fios, é importante que se institua o tratamento preventivo.

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